Com a globalização da economia mundial, a formação dos blocos econômicos torna-se indispensável. Eles chegam com a finalidade de facilitar o comércio desses países, promovendo assim a integração político-econômica entre seus membros. Existem vários blocos econômicos espalhados pelo mundo que se dividem geralmente por afinidades e geografia. Entre os principais estão a União Europeia (U.E), O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o Acordo de Livre comércio das Américas (ALCA), o Acordo de Livre comércio da América do Norte (NAFTA), a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), o Grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, que possui grande poder bélico (G8) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
A U. E. Nasce na multipolarização do mundo se tornando o primeiro bloco econômico. Tudo começou em 1951 quando foi criada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Em 1957, acontece o tratado de Roma com o nome de Comunidade Econômica Europeia (CEE - a “Europa dos Seis”), composta pela França, Itália, Luxemburgo, Holanda, Bélgica e Alemanha. Em 1973 aderiram a Dinamarca, Irlanda e Reino Unido seguidos em 1981 e 1986 pela Grécia, Espanha e Portugal. Em 1992 veio a consolidação do Mercado Comum Europeu que eliminava as barreiras alfandegárias entre os países membros, e logo no ano seguinte, 1993, quando o bloco passa a ser chamado formalmente de U.E. entra em vigor o Tratado de Maastricht assinado em 1991 na Holanda. Em 1995 Áustria, Suécia e Finlândia também aderem ao bloco e em 2004 ingressam mais 10 países, Letônia, Estônia, Lituânia, Eslovênia, República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Hungria, Malta e Chipre. E finalmente, em 1º de janeiro de 2007 a UE passa a ter 27 integrantes com a entrada da Romênia e Bulgária. Esse bloco é governado por um colegiado, o Conselho da União europeia.
O MERCOSUL, se originou dos acordos comerciais entre Brasil e Argentina em meados dos anos 80. Ele foi criado em 1991 e é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, países sul-americanos que adotam políticas de integração econômica e aduaneira. Em 1995 instala-se uma zona de livre comércio, onde cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países-membros são comercializadas internamente sem tarifa de importação. A Venezuela pode aderir ao Mercosul ainda em 2011. Para que isso aconteça falta apenas a aprovação do Paraguai. O Chile e a Bolívia são membros associados da zona de livre comércio, mas não participam da união aduaneira. É que segundo cláusula de 1996 só podem integrar ao MERCOSUL nações democráticas.
Veja abaixo uma pequena comparação entre a U.E. e o MERCOSUL
O NAFTA foi criado a partir do Tratado de livre comércio assinado entre o governo norte americano e o Canadense em 1988, e aderido pelos mexicanos em 1992. Em 1993 esse bloco é ratificado e consolida o intenso comércio na América do Norte ajudando a enfrentar a concorrência com a União Europeia. Em 1994 é estabelecido o prazo de 15 anos para total eliminação das barreiras alfandegárias entre as três nações. Neste mesmo ano, por causa desse acordo, o EUA prestou ajuda financeira ao México durante a crise cambial provocando grande repercussão na economia global. O ALCA, surge em 1994 com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos, exceto Cuba. Ele poderá se tornar o maior entre os blocos comerciais do mundo com um PIB de US$12 trilhões e uma população de aproximadamente 850 milhões de pessoas. Na prática, sua formação significa abortar os projetos de expansão do MERCOSUL e estender o NAFTA para o restante das Américas. Os EUA são os maiores interessados em fechar o acordo porque é a nação com a maior economia da América, que impõem suas vantagens além do que, assim poderiam exportar mais para as nações membros e com isso diminuir seu déficit comercial. A maior crítica quanto a sua formação é que, mesmo com a criação do bloco e com a livre circulação de mercadorias, os produtos provenientes da América Latina continuariam tendo dificuldades para entrar no mercado americano por causa das barreiras não tarifárias aplicadas pelos EUA que seriam as leis antidumping, as cotas de importação e as normas sanitárias. O G-8 é formado pelos 7 países mais industrializados do mundo. França, EUA, Japão, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Canadá e a Rússia. Foi criado para coordenar a política econômica monetária mundial. Discute também, desde a década de 80, temas gerais como drogas, democracia e corrupção. A U.E. ocupa um lugar importante de observadora nas reuniões do G-8 através do presidente da comissão europeia e ainda pelo seu atual presidente.
A APEC adquiriu características de bloco econômico em 1994 na conferência de Seattle. Nessa reunião seus membros se comprometeram em transformar o pacífico em uma área de livre comércio para criar um grande desenvolvimento econômico da região da Ásia e do pacífico. Isso porque o sudeste asiático tinha se transformado anteriormente em área de livre comércio, causando um grande impacto na economia mundial. A criação desse bloco trouxe um enorme crescimento nas exportações de matéria prima provenientes da Austrália para os países membros, aproximou a economia norte-americana dos países do pacífico, e também serviu para contrabalançar com as economias do Japão e Hong Kong (China). Esse bloco representa 46% das exportações mundiais, mas mesmo assim tem pouco valor em relação à Organização Mundial do Comércio. Ele está dividido, devido ao desacordo sobre o preço do petróleo. Muitos de seus membros são produtores e estão satisfeitos com a alta nos preços, em contra partida os associados do bloco que precisam comprar o petróleo brigam para que o preço diminua. A CEI foi criada em 1991 e integra 12 das 15 repúblicas que formavam a URSS. Não participam os três Estados bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Esse bloco possui dois conselhos, um formado pelos chefes de Estados e outro pelos chefes de Governo que se encontram de três em três meses. As ex-repúblicas não chegam a um consenso sobre a integração político-econômica. Existem muitos protestos contra a dominação Russa. Somente em 1997 conseguiram assinar, com exceção da Geórgia, um acordo que estabelecia uma união alfandegária para dobrar o comércio interno.
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